Querido Brógui,
Lendo – mais uma vez – o manual de Direito Administrativo, coisinha básica com 1399 páginas, dei de cara – mais uma vez – com os princípios que regem a Administração Pública aqui na terrinha. Tá lá na nossa Constituição os postulados que inspiram o modo de agir dos agentes do Poder Público. O que eu mais gosto é o tal do princípio da moralidade, talvez por uma questão de formação, dentro dos estritos e restritos padrões do que deve ou não ser feito de acordo com o que é ou não correto.
De acordo com José dos Santos Carvalho Filho, ” o princípio da moralidade impõe que o administrador público não dispense os preceitos éticos que devem estar presentes em sua conduta. (…) também distinguir o que é honesto do que é desonesto.”
Querido Carvalhinho, cada vez que leio isso chego à mesma conclusão: não basta o sujeito distinguir o que é honesto do que é desonesto. O pulha sabe que é desonesto, sujo, que está fazendo um monte de bandalheira, roubando dinheiro das velhinhas, usando a máquina administrativa em proveito próprio, andando diariamente em cima do artigo 37 da Constituição da República. Ele sabe perfeitamente bem o que é ético, apenas decidiu não se conduzir de acordo com esse entendimento.
Todo pulha sabe que é pulha, assim como todos os pulhas do mundo se reconhecem e formam uma irmandade na qual, nessa sim, alguns princípios são bem definidos e respeitados. É que nem na máfia ou nas nossas modestas similares nacionais que controlam o tráfico nos morros cariocas. É por isso que os pulhas não se quebram nunca, entre eles há uma ética muito particular, que é o que mantém o sistema pulhal coeso.
Então, Querido Brógui, não basta erigir um valor ao patamar constitucional para que ele se torne uma prática. Se o sujeito resolver não ser probo, não vai ser mesmo e nem nossa legislação, nem nosso Judiciário, nem o Capitão Nascimento vai dar conta disso. O que dá conta? Educação. E não falo em educação nos bancos escolares, não. Falo daquela que se dá dentro de casa, daquela do exemplo, daquela que chama a atenção do moleque quando ele cai no desvio, daquela que ensina e convence a figura de que ser legal não é se dar bem, é ser do bem.
Aliás e a propósito, já ocorreram as eleições e nosso Congresso será renovado.
PS: Renovado?
Querida Michelle Formatura? Que formatura? hehehe Bjs Paz F
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Fatinha, minha linda.
Olha não quero te animar muito não, mas no Congresso muita gente da Velha Guarda dançou, agogra é esperar e ter esperança.
Saudades, besotes.
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OLÁ PROF..
COMO SEMPRE, ARRASANDO NOS COMENTÁRIOS!!!RSRSRS…
SAUDADES!!!
NÃO VAI ESQUECER DA MINGA FORMATURA.
BJOS
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É QUE OS CARAS NÃO TEM A CORAGEM DE ESCREVER UM MANUAL DA MALANDRAGEM. ENTÃO PEGAM OS MANUAIS DE BOA CONDUTA E NELE PRATICAM O OPOSTO, INCLUSIVE, COM AS ARTIMANHAS DE COMO ESCAPAR DAS LEIS. EU FICO COMPARANDO O QUE ALGUNS RELIGIOSOS E OUTROS MENOS VOTADOS FAZEM EM RELAÇÃO À BÍBLIA. PREGAM UMA COISA E NA PRÁTICA, A TEORIA PASSA A SER OUTRA. AI, MEU DEUS… ABRAÇÃO, FATINHA! PAZ E BEM.
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Não!
Fala sério!
“Princípio da Moralidade” escrito em português?
Nós (pseudo-humanos-brasileiros) já estamos tão podres que, distinguir o que é certo do errado, já é praticamente impossível. Os valores já estão todos invertidos.
A desonestidade hoje é como um título a ser exibido com orgulho.
Lembro-me bem de uma frase que meu velho pai me dizia quando eu era adolescente:
“Se o desonesto soubesse a vantagem que há em ser honesto, ele seria honesto por desonestidade”…
Beijos, querida.
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