Fatinha

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Gafe da diplomacia britânica

In humor on 28/04/2010 at 6:24 AM

Querido Brógui,

Esse mundo está perdido mesmo! Se até os ingleses estão cometendo gafes diplomáticas… Não resta mais esperança, vamos nos preparar para o final dos tempos. O próximo sinal será quando o  Lula fizer um discurso sem errar na concordância.

PS 1: Agora, fala sério: é gafe porque foi inglesa, se fosse brasileiro era grossura mesmo.

Ps 2: coloquei o link lá na terceira coluna

Indenização por implante piolhento

In humor on 28/04/2010 at 5:59 AM

Querido Brógui,

Deu no jornal hoje que a criatura ganhou um indenização de 12 mil reais da empresa que lhe vendeu um tufo de cabelos empiolhados.

Fiquei com algumas dúvidas: ela colou as mechas infestadas e não viu que tinha uma colônia de lêndeas? É cega? Foi golpinho? E quem prova que os piolhos foram adquiridos depois do implante? Será que não eram criação própria? Fizeram um exame de DNA nos piolhos?

Agora, a defesa da empresa fornecedora de cabelos piolhentos foi de chorar no cantinho. Alegaram que a existência de piolhos e lêndeas nos cabelos vendidos eram prova de que os mesmos eram realmente humanos. Ou seja: a qualidade dos cabelos vendidos era atestada pelos parasitas que os acompanhavam. Se eu fosse cliente desse advogado, o teria esmagado na unha!

Minha mente brilhante –  e doida pra arrumar um trocado pra voltar pra Zoropa – começou a maquinar um jeito de descolar uns piolhos indenizáveis. Já tenho tudo arquitetado: vou entrar num daqueles salões chiquérrimos de Ipanema com um piolhinho amestrado dentro da bolsa. Lá pelas tantas, usando um apito cujo som só é perceptível aos ouvidos piolhais, o bichinho pula no meu ombro. Solto um grito de pavor, tipo aquele do Psicose, faço uma cena, me rasgo toda, tiro fotos de frente e de perfil do piolhinho e pronto: tenho garantida minha graninha. Que lhe parece?

PS: o link para a notícia está na coluna “Fatinha viu e gostou”.

O Dia da Terra

In humor on 23/04/2010 at 4:42 AM

Querido Brógui,

Para lembrar que hoje é o dia da Terra, procurei uma imagem impactante, ao invés de mandar todo aquele blá blá blá que você ja tá careca de ouvir acerca de preservação, ecologia, consumo consciente e etc e tal.

Imagens do vulcão da Islândia Eyjafjallajökul - raios

Essa foto é a do vulcão na Islândia, o Eyjafjallajökull. A propósito, fui pesquisar e a informação que tive é que se pronuncia-se Eia fiatlai ohut. Não me ajudou muito, continua impronunciável para mim.

Você sabe bem do babado todo que causou essa erupção. O fudevú que ficou – e ainda se encontra a Europa – por conta da nuvem negra e da poeira. Além do prejuízo financeiro causado pela paralisação do tráfego aéreo, não dá pra esquecer dos males que isso causará à saúde das pessoas. Eu li que quando a cinza produzida pela lava do vulcão toca a água – que foi o que aconteceu nas geleiras – é produzida uma cinza muito fina que contém pequenas partículas de vidro e essas partículas quando inaladas rasgam os pulmões.

O fato é que devemos nos render à evidências: não somos nada diante da Mãe Natureza. Não há tecnologia ou reza que nos proteja quando Ela resolve se manifestar, seja porque é viva, incontrolável, dona de si mesma, seja porque nós, humanos imbecis, achamos que podemos fazer o que quiser com Ela impunemente.

PS: coloquei um link para um site que tem umas fotos coisas bacanas tiradas pelo satélite e umas matérias sobre o meio ambiente. É  no Apolo 11.com

De volta ao sapateiro

In humor on 22/04/2010 at 10:21 AM

Querido Brógui

Depois de quase um mês fui buscar minha sandalinha no sapateiro. Demorei porque dei os devidos descontos da enchente, dos feriados, do pescocinho torto.

O sapateiro demorou um pouquinho, mas achou a sacola onde estava depositada a sandália. Disse todo sorridente: ” Ficou pronta. Era pra colocar um saltinho, não era?” Não, era pra colocar uma meia-sola.

Bem, vou esperar mais um mês pra ver se ele dá conta do serviço. Será que ele vai querer me cobrar pelo saltinho?

PS: dê uma olhada na terceira coluna da página. Abri uma seção chamada “Fatinha viu e gostou.” Espero que goste também.

PS 2: aceito colaborações, como a dos queridos Jorge e Marise.

Bjs

Paz

De molho e usando coleira

In humor on 16/04/2010 at 4:33 AM

Querido Brógui,

Arrumei uma contratura muscular no trapézio. Não, não estou frequentando a escola de circo, é o tal do músculo que fica entre o pescoço e o ombro. Fui parar na emergência de uma clínica ortopédica e estou temporariamente usando o tal do colar cervical.

O médico me proibiu de fazer um monte de coisas, inclusive usar o computador, mas cá estou eu. Serei rápida. O colar é chatinho de usar, mas dá um alívio na dor pescoçal. Esquenta pra caramba, mas não pinica. Tem um velcro que gruda no cabelo e a cor é um azul cafonérrimo. Tirando isso, sinto-me o próprio Batman daquele filme, que não podia olhar para lado algum sem virar o corpo inteiro naquela direção. Se o herói conseguiu derrotar o Coringa usando aquela roupa, eu também vou conseguir sobreviver.

A única coisa que me deixou meio chateada foi ler a bula do remédio, naquela parte das reações adversas. Posso ter erupções cutâneas, urticária, vertigem, alterações na fala, tremores, desorientação, espasmos musculares, depressão, ansiedade, anormalidade no pensamento, alucinações, dormência, visão dupla, sudorese e ruídos no ouvido. Some-se a isso a sonolência, as náuseas, cefaléia, nervosismo, taquicardia, arritmia, vômito e diarreia.  Bem, ao menos não engorda.

Quebrando o silêncio

In humor on 10/04/2010 at 8:46 AM

Querido Brógui,

Quebro meu prometido silêncio por dois motivos: para tranquilizar a parentada que mora fora do Rio e por ter me mancado depois de levar puxões de orelha da Helena e da Escrevinhadora.

Eu estava na academia no dia da chuvarada. Tentei sair do shopping e saquei que alguma coisa estava errada quando me vi num engarrafamento ainda dentro do estacionamento. Dei meia volta, peguei um cineminha e finalmente consegui voltar pra casa. Dei de cara com alguns bolsões d’água, mas nada fora do normal, isso acontece todas as vezes que chove. Até esse momento, não tinha noção do que estava se passando no restante da cidade. Pela televisão, vi que a cidade estava inundada, mas não dimensionei a coisa.

No dia seguinte, saí para trabalhar e voltei do meio do caminho quando vi carros voltando pela contramão em plena Radial Oeste. Na volta, pouquíssimos veículos na rua. Foi então que percebi que algo de muito esquisito havia acontecido. Liguei a televisão e vi a desgraceira que estava. Só nesse momento é que caí na real, que os estragos eram bem maiores do que supunha minha vã filosofia.

Contudo, fui felizarda. Ouvi relatos de pessoas que dormiram no ônibus, só conseguindo entrar em casa às quatro e meia da manhã, pessoas  que andaram pela lama tentando chegar no trabalho, outras que perderam o carro pelo meio do caminho, outras que dormiram dentro de caixas eletrônicos de banco e por aí vai.

Não houve aulas na terça e na quarta. Na terça porque ninguém conseguiu chegar a lugar algum, vindo de parte alguma. Na quarta foi decretado feriado escolar para desafogar o trânsito, possibilitar a meia-sola que deram nos lugares mais atingidos e também para permitir o deslocamento do pessoal do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. Quinta feira fomos para a escola, mas não houve aula porque estava inundada ainda, cheia de lama, coisa óbvia, já que  fica localizada na Praça da Bandeira, local devorado pelas águas, o que ao que parece, a Secretaria Municipal de Educação não sabe. Hoje não tinha luz, como em todo o entorno. Ainda assim, o professorado ficou lá, cumprindo horário no escuro e rezando para a água não acabar. Não fomos autorizados a ir embora, aparentemente porque como não precisamos fazer fotossíntese, pra que luz e água?

Como saldo final, temos ruas transformadas em um mar de lama e lixo. Qualquer gotinha de água que cai do céu o povo entra em pânico. De vez em quando falta luz e o estabilizador do meu computador vai pedir as contas a qualquer momento. Morros desmoronaram, pessoas morreram soterradas e os donos do poder ficam empurrando a culpa pra cima de São Pedro e da Fundação Cacique Cobra Coral. A propósito, que governo sério faz um convênio com uma fundação mediúnica para avisar quando a coisa vai ficar preta? Também culpam o povinho porcalhão que entope as galerias de águas pluviais com lixo – o que é verdade – e os favelados que constroem suas casas em áreas de risco – o que seria responsabilidade do governo impedir, mas ao invés disso faz obras populescas de urbanização, como a do lixão de Niterói.

No mais, tudo está normal. Hoje até teve tiroteio do Morro dos Macacos…

Tá difícil

In humor on 09/04/2010 at 6:50 AM

Querido Brógui

Tá difícil fazer piada essa semana, com a catástrofe que se abateu sobre o Rio de Janeiro.

Em respeito às vítimas fatais e aos milhares de desabrigados, meu silêncio valerá como uma prece.

Adoro trash

In humor on 01/04/2010 at 11:48 AM

Querido Brógui,

Confesso: adoro um trash. Aqueles programas de um mal gosto profundo feitos com a seriedade de quem acredita que está fazendo uma coisa legal. Ou será que não? Será que de fato a intenção é ser ruim mesmo? Difícil acreditar que alguém produza tanto lixo pensando que aquilo é bom. Sei lá.

Hoje cheguei à casa e, enquanto degustava um pãozinho com queijo e café, liguei a TV, canal aberto. Estava passando Xena, a princesa guerreira. Não é a primeira vez que vejo isso. Na verdade, é uma reprise desse seriado neozelandês datado de uns dez anos atrás. Eu sei disso porque acompanhava fielmente as aventuras da heroína Xena e sua amiga Gabrielle. O treco é muito ruim e por isso mesmo é muito bom. Imperdível.

Tudo se passa na Grécia Antiga e adjacências, numa mistura em que figuram deuses, semideuses, reis, rainhas, soldados romanos, bárbaros, chineses, cristãos, indianos, que brigam – e como brigam – entre si o tempo todo. A salada leva um tempero de filosofia, mitologia, religião e o homossexualismo subliminar das personagens principais. Os cenários são sofríveis assim como os figurinos e os (d)efeitos especiais. Isso sem contar nos lisérgicos roteiros. A atriz que faz a protagonista é uma canastrona de primeira, cujo ápice de interpretação é levantar a sobrancelha esquerda e trincar os dentes cada vez que vai enfiar a espada no bucho de algum inimigo. Os demais seguem a mesma patética escola de atuação.

A aventura de hoje foi inédita para mim e estava especialmente hilária. Apesar de se passar na antiguidade, o cenário era uma coisa meio filme de caubói com direito a saloon, chapéus de vaqueiro e um duelo no final  – no qual os contenedores afastam as capas compridas e atiram punhais um contra o outro. Não bastasse isso, a heroína se descobre grávida por obra divina, segundo a explicação de sua amiga espiritualizada. Um lixo total, maravilhosamente horrível.

Então? Que tal desligar os neurônios após um exaustivo dia de trabalho? Chegou a fatura do cartão de crédito e o salário não deu nem pra pagar o mínimo? Descobriu que seu melhor amigo está para lhe cravar uma faca nas costas? Está dada a dica que vale por mil sessões de terapia: passar deliciosos minutos de puríssima alienação vendo Xena. Todos os dias, na Record.

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