Querido Brógui
Essa semana você completa um ano de existência. Antes de você nascer, havia o Querido Diário, o qual era enviado a um seleto grupo de amigos, escolhidos criteriosamente para ler o meu besteirol. Todas as vezes que eu enviava o Querido Diário, ameaçava de morte aqueles que ousassem encaminhar o que eu escrevia para outras pessoas. Assim passaram-se quatro anos, desde de 2004. É, Querido Brógui, o seu antecessor é mais antigo do que você imaginava. O tempo é inclemente, passa voando.
Você não nasceu de parto normal. Foi um parto induzido por alguns amigos que viviam pedindo para encaminhar o Querido Diário para alguns amigos. Verdade seja dita: todos os meus leitores compulsórios sempre souberam respeitar a minha vontade e, antes de repassar, vinha o pedido expresso. Alguns confessaram que, já que não podiam repassar, chamavam a galera do trabalho ou da família pra ler. É o famoso jeitinho brasileiro: a ordem era não encaminhar e tecnicamente, não era encaminhado, era apenas lido em grupo.
Depois de algum tempo, começou a pressão pra liberar geral. Eu resisti. E muito. Por que? Não sei ao certo, talvez um tiquinho de timidez, insegurança, reserva, excesso de auto-crítica… O fato é que levei longos anos para acreditar que as pessoas que me liam não o faziam apenas porque me amavam ou porque se sentiam obrigadas a isso, mas porque o que eu escrevia tinha qualidade (ô, criatura metida!).
Então, em outubro de 2007, eu lancei você na Internet. A princípio, você continuou a coexistir com o Querido Diário. Depois de alguns meses passei a mandar seu link para os leitores daquele, que ficou restrito a algumas edições especiais. Esse mês de setembro bati os mil acessos! Isso é sensacional, considerando que a sua divulgação consiste basicamente no boca-a-boca, ou melhor, no teclado-a-teclado.
A partir de hoje está inaugurada a semana comemorativa do seu primeiro aninho de vida. Farei uma série especial de edições requentadas do Querido Diário. Pra quem já as leu, é hora de relembrar. Pra quem não leu, é hora de saber como você era antes de nascer. Vou dar uma trabalhada em algumas coisas (não agüento apenas ler, tenho que mexer no texto), mas preservarei o espírito da coisa.
Parabéns, Queridíssimo Brógui!!!
Fatinha, como sempre, afinadíssima com a escrita!
Bjs, da sua fã Claudia.
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