Querido Brógui,
Estou em casa… de Cissa. Em Portugal, mas em casa de brasileiros, ouvindo português, me sentindo menos estrangeira do que no último mês. A língua é minha pátria e não há mais bonita que a língua portuguesa.
É, Brógui, faz um mês que estou na estrada, longe da minha terra brasilis, vendo o velho continente. Muito bom, mas estou sentindo falta da minha caminha. Minhas mãos estão cheias de calos de tanto arrastar mala, minhas unhas não existem mais, quebraram todas e desisti de tentar arrumar. Meus cabelos brancos estão felizes, respirando sem tinta. Estou com uma baita de uma alergia à tal da segunda pele, pareço uma crocodila. Depilar as pernas? Nem sei mais o que é isso. Quando chegar ao Brasil, precisarei de uns quinze dias pra ficar novamente com cara de gente. Mas faria tudo de novo.
Hoje vi uma apresentação de fado depois de subir no elevador Santa Justa que leva da Baixa para o Chiado. O elevador é a coisa mais fofa, de madeira, com um ascensorista que o manipula com uma manivela. Ontem fui ao Santuário de Fátima, na minha peregrinação religiosa, depois de nos perdermos mesmo tendo ajuda da Amália, o GPS da Cissa. A pobre ficou estressada conosco. Quase pediu as contas. Amália fica falando o tempo todo, dizendo pra onde ir e mesmo assim deu zebra.
Sintra é uma gracinha, Batalha também, Lisboa idem. Comi os famosos pastéis de Belém e agradeci por não morar aqui, ia virar uma baleia. Em terras lusas, bacalhau é o prato do almoço. Sempre. Ontem pulamos essa parte, não deu tempo de comer. Estou matando a Cissa, coitada. Fica andando comigo e como eu não paro nem pra comer, a pobre é obrigada a passar fome. E andar. E subir escadas. E subir ladeiras. Ela já deve ter colocado a vassoura atrás da porta pra ver se consegue descansar um pouquinho.
Amanhã é meu último dia na terrinha. Acabou a moleza, vou começar novamente a arrastar a mala, dormir em hotel e falar espanhol. Depois francês de novo. Aguarde os próximos capítulos.
PS: Essa ediçao é dedicada à Lelê, à Luzinha e à Claudinha, cachopas que moram no meu coração. E à Cissa, claro.
PS 2: Juro que não vou contar piadinhas de português, mas a lógica dos patrícios é sui generis. A maioria dos restaurante fecha pro almoço. Sério.
Obrigada por lembrar de nós, as cachopas, ó pá! Sabia que pra viagem ser completa, tinhas que passar pela Terrinha. Meu pai era da Ilha Terceira, no arquipélago dos Açores. Dizem que lá é muito bonito. Aproveite os doces por nós, eles são maravilhosos! Sobre o episódio do trem, foi pra dar à viagem um sabor de aventura… Já teve romance ( o italiano que ficou te esperando…), agora foi o momento de ação… Mas vc está bem, certo?
Continue aproveitando… Vai ser dureza voltar a Paris, né?
Bjs.
CurtirCurtir
Como assim, fechar para o almoço??? Eles não servem almoço ao cliente??? Não consegui interpretar… O cliente tem hora estipulada para almoçar???
Beijos e bom finalzinho de férias. Aguardo fotos.
CurtirCurtir
Oi Fafá
Adorei a homenagem. Pena que vc não foi até a Beira Alta; é uma região muito bonita. Embora não aprecie as piadinhas, reconheço que alguns portugueses me tiram do sério, mas restaurante fechado para almoço não conhecia. Não há o que não haja!!!
Beijos e aproveite. Segui toda a sua viagem e adorei.
Lelê
CurtirCurtir
Nada de dar uma de Maitê Proença, hein?
Bjs, rapariga!!
CurtirCurtir
E vc não achou nenhum Pires Beijinhas por aì?
Estou decepcionada, tsc, tsc, tsc… hehehe, ainda tem temp, divirta-se.
Mil beijos.
CurtirCurtir
Pior do que aquela que Cissa contou do supermercado? Impossível! E é bom para Cissa emagrecer. Ela tava reclamando… rs
CurtirCurtir