Fatinha

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Pé na Bunda

In humor on 09/07/2021 at 1:21 PM
Meu ZapZap - Imagens Não desanime - Engraçadas para Whatsapp e Facebook

Querido Brógui,

Lá vamos nós de novo com a sessão auto ajuda. Desta vez, analisarei, com minhas sempre sábias palavras, os pés na bunda que a vida nos dá.

Seja lá qual for a situação, um pé na bunda, nunca é legal. Atualmente, em termos genéricos, estamos levando um por dia. O tal do vírus não alivia. O que fazer? Ou sentar no cantinho, olhando para a parede e chorando, ou tentar aproveitar pra rever nossos paradigmas, valorizar o que realmente tem valor, fazer do limão uma limonada, buscar alternativas, transformar pequenos momentos de alegria em grandes momentos de felicidade.

O grande pé na bunda que todos nós levamos e continuamos levando diariamente vem de uma criatura que nem pé tem – o tal do vírus. Sabe aquele projeto de viagem? Aquela viagem que você ia fazer nas férias do ano passado, que estava toda paga e foi pro saco? Aquele projeto de se mandar por aí já que se aposentou e não tem mais que bater ponto? Este projeto ficou pra depois. Um depois que a gente não sabe muito bem quando será. Quando pensamos que agora vai, não vai. Daí, Broguinho, você está pensando, com aquela cara amarrada: “Como este pé na bunda pode me empurrar para frente?” Elementar, meu caro Brógui: você pode aproveitar pra juntar mais grana para dar um upgrade na sua viagem que um dia acontecerá ou planejar a outra viagem depois desta que foi suspensa. O mundo não acabou (ainda). Então, reveja seus planos, escolha mais destinos ou troque de destino, pense num hotel melhorado, inclua mais de uma refeição por dia, faça uma listinha de perfumes que vai comprar no free shop. Futilidade? Tô pensando pequeno em meio a uma catástrofe? Não. Estou sugerindo que tenha esperança, que saia do cantinho onde está sentado, chorando e vá para seu computador ou pegue seu celular e encha sua cabeça de sonhos.

Outro pé na bunda é aquele que primeiro passou pela sua cabeça: o namoro, casamento, noivado e similares que terminou e deixou você com uma sensação de ter sido atropelado por um um trem carregado de minério. Vagões e mais vagões passaram por cima do seu corpinho e você nem viu de onde veio. Aí você chorou, ficou sem comer, passou dias paralisado como uma samambaia de plástico, sem ao menos fazer fotossíntese. Você achou que a vida era uma grande merda, que o amor era uma grande cilada, que todos os homens/mulheres do planeta pertenciam a uma categoria inominável. Jurou nunca mais se apaixonar, que ia abraçar o celibato e passar o resto da sua vida enclausurado, alimentando seu sofrimento com porções generosas de rancor e mágoa. Viveu tudo isso? Gastou todos os rolos de papel higiênico da sua casa enxugando as lágrimas e assoando o nariz? Ótimo. Agora, tá na hora de aproveitar o pé na bunda que lhe tirou do eixo e ver que ele lhe empurrou pra frente. Por que pra frente? Elementar, meu caro Brógui. Pé na bunda não empurra ninguém pra trás. Levanta, coloca remedinho nas escoriações e procure um novo amor. Ele existe sim. O seu ex, a sua ex não é a última Coca-Cola do deserto. Tem um montão de latinhas no isopor esperando para serem saboreadas. Mais uma vez, Broguinho, ouça o que o seu guia espiritual está falando: saia do cantinho do sofrimento e olhe em volta. Achou o isopor? Abra-o. Está de esperança até a boca. É só abrir e pegar uma latinha. Não gostou? Tava sem gás? Pega outra. Tava gelada demais? Pega outra. Tava quente? Pega outra. Não tá a fim de beber agora? Não beba. O importante não é encontrar a latinha perfeita ou se obrigar a beber se não está com sede. O X da questão é saber que existem outras latinhas. Sacou?

Poderia ficar aqui falando de mais um zilhão de tipos de pé na bunda existentes, mas vou falar só de mais um. Você perdeu seu emprego ou seu negócios não suportaram a crise econômica ou a sua profissão depende de contato físico e agora não dá ou o que você fazia para ganhar dinheiro ninguém mais pode pagar. Tá na merda. As contas continuam chegando, a geladeira só tem água e lá vai você pro cantinho chorar. Vai que este pé na bunda não é a hora de você tentar outra coisa? Vai que foi aquele sacode que você precisava pra sair da inércia e mudar de ramo ou procurar outras maneiras de permanecer fazendo o que fazia mas de forma diferente? Encare como um estímulo à sua criatividade, à sua inteligência, à sua competência. Saia do cantinho, Querido. Enquanto você tá aí, parado, as oportunidades estão surgindo e você nem tá vendo. As ideias estão embotadas dentro do seu cérebro, loucas pra serem libertadas e você não está deixando. Aí você me diz : “Ah, Brógui! Tá tudo tão difícil! O mercado tá competitivo demais! Tá todo mundo duro! A economia mundial tá phodda!” Ok, ok. Eu sei disso. Minha alienação não chegou a este ponto. Não sou lá muito de matemática, mas acho que é mais ou menos assim: se você tentar, tem X% de chances de se dar bem. Se não tentar, tem 100% de chances de se dar mal. O quanto vale este X, eu não sei, mas sei que é maior do que zero. Este X, esta incógnita, é a sua esperança. Cai dentro!

Lembra do que eu falei em outra edição? Fé e esperança. A esperança alimenta-se da fé.

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