Querido Brógui
Recebi milhares de emails cobrando umas e outras coisas, o que quer dizer que meus Bróguis estão cada vez mais exigentes e eu não estou dando conta da demanda. Então, vamos lá:
Muitos reclamaram que não conseguiram ver as fotos de Londres, que não abre o link, que vem escrito “ops!”, que vem escrito que não tem álbum nenhum. Qual é o problema? Não tenho a menor ideia, já que uma cabeçada de gente viu as fotos e outra cabeçada não viu nada. Não sei resolver isso, desculpe. Não entendo nada de computador, de provedor, de servidor, de hospedagem, hospedeiro, parasita, erro de DNS, de DNA, só me resta dizer que je suis desolé – à maneira chique e hipócrita dos franceses. O que farei, assim que tiver oportunidade e paciência é enviar o próximo álbum – Paris – alterando alguma configuração. Mesmo assim, tenho cá minhas dúvidas quanto ao sucesso da empreitada. Penso que o que acontecerá é que quem viu não vai ver e quem não viu talvez consiga ver… ou não. E eu ficarei desolé de novo e tá tudo certo.
O que tenho feito? Bem, semana passada consegui encontrar um monte de gente que não via há séculos, levei uns bolos de outras tantas e fiquei devendo a outras. O lado bom da coisa é ver que as pessoas com quem quero estar são tantas que não cabem em uma semana apenas. Como disse para minha comadre, se tanta gente legal gosta de estar comigo, então não devo ser tão chata como suponho ser.
Reencontrei as meninas da faculdade de História – lamentando profundamente a ausência da Ciça, que depois de um ano na Europa foi parar no Planalto Central. Sob um calor de 49º, todas esbaforidas no intervalo entre o trabalho e as crianças, matiné regada a Coca Zero, risadas, lembranças, novidades, fofocas. O idílico Bar do Costa, em Vila Isabel, será palco de outros encontros porque a mulherada gostou da ideia e já está reivindicando a segunda rodada. Você também está convidado.
Fui coarar na piscina com outra amiga que se aposentou ano passado, fui visitar outra que estava de passagem pelo Rio com a família, lanchar com outra, dei milhões de telefonemas e por aí vai. Quando vi, a semana havia acabado e não tinha conseguido colocar em dia minha vida social.
Também fui à praia com Keith Richards, tentei voltar pra academia – mas com esse calor tá difícil – fui ao cinema ver um filme horroroso, fui ao banco, mercado, nada que mereça maiores comentários.
Comecei a fazer o álbum de Paris, está em processo. Arrumei o guarda-roupa e tirei toneladas de entulho de dentro dele. Dei uma geral na minha estante e separei os livros que comprei e ainda não li – uns dez. Lavei o Tigrão, passei aspirador e tudo. Tenho que colocar as lâmpadas de ré que estão queimadas. Levei quase dois meses para comprá-las, acho que até abril eu as instalo.
E essa foi minha última semana de férias. Comecei a trabalhar, cair na real, agradecendo a Deus por ter como bancar minhas viagens e minhas frescuras. Esse ano não vai ser igual aquele que passou. Vou dar uma nova guinada na minha história. Mas isso é assunto para outro post.
PS: tem nego me devendo café, outro nego devendo passeio de bicicleta, outro ainda pastel no Adão, um dia na praia e uma moqueca. Tão pensando que não vou cobrar?