Querido Brógui,
Sei que dever estar torto de curiosidade pra saber que ♥ essa etiqueta de bagagem está fazendo aqui nesse post. A resposta sairá recheada de impropérios ♥ ♥ ♥ – que vc usará a sua imaginação podrona para ouvir.
Essa é a ♥ da etiqueta que veio amarrada na minha mala, depois que a ♥ da Avianca conseguiu sumir com ela. Hein?
Foi assim: o vôo para Aruba saia de Guarulhos. Eu, tolinha, crédula de que as ♥ das companhias de transportes aéreos têm algum compromisso com seus clientes, comprei uma ♥ de uma passagem na ♥ da Avianca para ir até S Paulo. Cheguei ao aeroporto de madrugada, com apenas as funções vitais funcionando e, às 04:05 da madruga, fiz o check in e despachei a malinha.
Embarquei, já com atraso, tomei meu assento, tentando manter a calma diante da ♥ da falta de respeito que é um embarque começar às 06:00 quando a ♥ do vôo tem que sair às 06:00. Alguns minutos depois, sem trocadilhos infames, vi a Mangueira entrar. É… a ♥ da Escola de Samba, entrou no avião, munida de mulatas, penas e ritmistas. Atrasados. Mais alguns minutos, o ♥ do comissário de bordo se dirige aos passageiros para informar que, por conta do excesso de peso na ♥ do bagageiro, as malas haviam sido RETIRADAS DA AERONAVE e seguiriam no próximo vôo. Provavelmente, não houve espaço para a minha malinha, com apenas 15 KG, e as ♥ dos instrumentos, fantasias e tudo o mais necessário para a ♥ da Mangueira se apresentar no quinto dos infernos.
De um salto, fui até o ♥ e disse que minha bagagem não poderia seguir no próximo vôo porque antes disso eu deveria fazer o check in em outra companhia aérea para seguir viagem para Aruba. O ♥ pegou o ticket e garantiu que a mala havia sido recolocada na aeronave.
Eu, tolinha, crédula de que as ♥ das companhias de transportes aéreos têm algum compromisso com seus clientes, retornei ao meu assento, segui para S Paulo e o resto vc pode prever: a ♥ da bagagem não chegou, nenhum ♥ funcionário dava qualquer esclarecimento, a ♥ da Avianca ♥ na cabeça de todos, que, como eu, estavam na mesma situação, e segui para Aruba com a roupa do corpo.
Dois dias depois, chega a mala. Foi do Rio para S Paulo, de lá para Bogotá e então chegou em Aruba, onde eu já havia gasto quase duzentos dólares comprando caríssimas, mas indispensáveis coisas para quem estava a zilhômetros de distância de casa e pretendia passar uma semana curtindo praia. Pense: biquini, chinelo, vestido, saída de praia, xampu, filtro solar e por aí vai.
Conheci o comércio fuleiro de Oranjestad, atrás de pechinchas, vestida com uma calça preta de malha, meia de lá, tênis e uma camiseta do carnaval de Aruba do ano passado que o gerente do hotel me deu porque ficou com pena de mim e com a qual eu havia passado a noite.
E a ♥ da Avianca? Nada. Até agora não abanou o rabo para me ressarcir de minhas despesas e eu vou ser obrigada a entrar na Justiça para tal. Sim , porque eu, tolinha, crédula de que as ♥ das companhias de transportes aéreos têm algum compromisso com seus clientes, achei que ao menos os prejuízos materiais seriam compostos. E não foi pouca coisa não, foi prejú grande: dois dias sem aproveitar a viagem, táxi para o aeroporto, compras de coisas que eu já possuía, ligações internacionais, fora o aborrecimento, o constrangimento de sair como uma molambenta Aruba afora ao invés de ficar coarando na praia desde o primeiro dia.
Taí. Quero ver a caveira da ♥ da Avianca, quero que tome muita multa da Anac, quero que perca muito dinheiro em ações judiciais, quero que o dono da empresa seja soterrado numa avalanche de malas perdidas.
PS: usei a primeira pessoa do singular, mas não estava só na minha dor. Lelena Cristina estava comigo e com certeza vai cuspir sua indignação aqui mesmo, nesse bat-local.