Querido Brógui,
Essa edição é fresquíssima. Acabo de fazer uma lambança digna de aplausos.
Estava escutando uma aula e digitando e tomando uma Coca Cola Light. O que aconteceu? O óbvio. Com uma cotovelada certeira, derramei a porra toda em cima da escrivaninha. 600 ml. Não restou pedra sobre pedra. Melecou tudo: código, livro da Isabel Allende, MP3, dicionário, mouse, teclado, filtro de linha, telefone, relógio, estojo, lentes de contato, colírio. Sobrou até para a torre do computador.
Num salto, soltei um putaquepariu, dei uma topada com o dedinho mindinho no pé da cama, joguei o que pude no chão, corri no banheiro, peguei a toalha de banho e taquei em cima do líquido, que já se aproximava perigosamente da tomada. Arranquei as paradas todas dela, enquanto rezava pro meu anjo da guarda.
No ápice da cagança, entrou um marimbondo pela janela. Mandei mais um putaquepariu e lancei a toalha molhada de Coca Cola no bicho. Errei, a toalha foi janela a fora, vou ter que resgatá-la lá no quintal, mas o tal se assustou.
Saldo final: tudo sobreviveu, menos a minha Coca Cola, meu dedinho e o raio da aula que estava digitando e que – lógico – tinha esquecido de salvar. Putaquepariu.