Querido Brógui
Essa é a primeira edição escrita diretamente no novíssimo notebook pertencente ao município do Rio de Janeiro, mas sob minha guarda e responsabilidade, como diz no documento que assinei ao recebê-lo. Cada professor da rede recebeu esse mimo do Prefeito Maluquinho ao apagar das luzes. Bem que eu disse que o cara ia raspar os cofres do município, deixando-os brilhando como um espelho. A conta da compra ficou em aproximadamente setenta e oito mil reais, conforme a nota fiscal. Ficamos esperando o tal do trequinho para conexão com a internet, mas reza a lenda que não deu tempo de licitar. Isso me leva ao tema de hoje.
Comprei um roteador. Comprei so-zi-nha. Obviamente após consultar pessoas que entendem do assunto. Fiquei com o negócio aqui em casa, olhando pra mim, eu olhando pra ele… Tomei coragem e disse pra mim mesma: “Deixa de ser mulherzinha! Instala logo essa coisa! Você é uma mulher ou um pé de couve?”
Foi o que fiz. Executei a missão com êxito, estou na sala, no sofá, o negocinho está funcionando direitinho. Estou me sentindo o máximo, um verdadeiro gênio, a própria mulher do terceiro milênio! Tudo bem que o cd de instalação é um passo a passo que qualquer macaquinho bem treinado consegue seguir, mas mesmo assim fiquei mais feliz que pinto no lixo quando liguei o note e consegui acessar a internet.
Nada como uma missão bem sucedida pra levantar o astral, que, cá pra nós, tava pesadíssimo.