Fatinha

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Eu, hein?

In Sem categoria on 29/04/2008 at 6:18 PM

Querido Brógui
Não sei o que deu nesse troço hoje que não tá dando espaço, margem, ponto. Tá uma bosta! Desculpe aí, viu? Não fui eu.

Tente Outra Vez

In Sem categoria on 29/04/2008 at 6:15 PM

Veja.
Não diga que a canção está perdida.
Tenha em fé em Deus, tenha fé na vida.
Tente outra vez.

Beba.
Pois a água viva ainda está na fonte.
Você tem dois pés para cruzar a ponte.
Nada acabou.

Tente.
Levante sua mão sedenta e recomece a andar.
Não pense que a cabeça agüenta se você parar,
Há uma voz que canta, uma voz que dança, uma voz que gira.
Bailando no ar.
.
Queira.
Basta ser sincero e desejar profundo.
Você será capaz de sacudir o mundo, vai.
Tente outra vez.

Tente.
E não diga que a vitória está perdida.
Se é de batalhas que se vive a vida.
Tente outra vez.

Raul Seixas

Jorge da Capadócia

In Sem categoria on 29/04/2008 at 6:12 PM

Jorge sentou praça na cavalaria.
E eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia.
Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge.
Para que meus inimigos tenham pés e não me alcancem.
Para que meus inimigos tenham mãos, não me toquem.
Para que meus inimigos tenham olhos e não me vejam.
E nem mesmo um pensamento eles possam ter para me fazerem mal.

Armas de fogo meu corpo não alcançará.
Espadas, facas e lanças se quebrem, sem o meu corpo tocar.
Cordas, correntes se arrebentem, sem o meu corpo amarrar.
Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge.

Jorge Ben

SALMO 23

In Sem categoria on 29/04/2008 at 6:11 PM

O Senhor é o meu pastor e nada me faltará;
Ele me faz descansar em campinas verdejantes
e me leva a águas tranqüilas.
O eterno me dá novas forças;
e me guia no caminho certo
Ainda que eu caminhe por um vale escuro
como a própria morte, não temerei.
Pois Deus, está comigo,
Tu me proteges e me diriges.
Preparas um banquete para mim
onde meus inimigos possam ver,
Sou teu convidado de honra e
enches meu copo até a borda.
Sei que a tua bondade e o teu perdão
ficarão comigo enquanto eu viver.
E todos os dias da minha vida
morarei na tua casa.

Mantras anti-vodu

In Sem categoria on 29/04/2008 at 5:59 PM

Querido Brógui

Hoje trago o meu manifesto contra a acomodação, contra o derrotismo, contra a desesperança, a dor de corno, o pessimismo, a covardia e todas essas coisas voduzentas que nos perseguem.
Viver nesse mundinho tá complicado, eu sei.
Tá brabo acordar todos os dias e tentar vestir uma blindagem que nos afaste de todas as coisas nefastas que existem, os horrores, os escândalos, a violência, a fome. Reunir forças para sobreviver, talvez viver com alguma dignidade, conseguir ter alguns momentos de prazer. Vencer as frustrações, os desencontros, os desenganos, não pedir penico, cair e levantar, tentar outro caminho. Mudar, encarar riscos, saber que sempre há a possibilidade de tudo dar errado e dar de ombros.

Ô coisa cansativa!

Para ajudar, tenho uns mantras que recito diariamente. Como sou pop e católica de formação, meus mantras incluem o Salmo 23, Jorge da Capadócia do Jorge Ben e Tente Outra Vez do Raulzito.

Não recito todos de uma vez, nem em sua integralidade, apenas repito uns pedaços nas horas de agonia.

Nada como mandar um: “O Senhor é meu pastor e nada me faltará, ainda que eu caminhe por um vale escuro como a própria morte, não temerei, porque Deus está comigo.” Isso, recitado com fé, dentro do ônibus, enquanto olho pros lados pra ver se tem alguém com cara de que vai tomar meu celular a qualquer momento, é refrescante.

Na hora que tenho vontade de arremessar meus códigos do 7º andar da UERJ, depois de levar mais um pau em mais uma prova, cantarolo baixinho: “Vai, tente outra vez, não diga que a vitória está perdida, se é de batalhas que se vive a vida. Tenha fé em Deus, tenha fé na vida.” No mínimo evita que eu responda por homicídio culposo caso o código acerte o quengo de um transeunte.

Por fim, quando os derrubadores de plantão encostam-se à minha carcaça, recito: “Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge para que meus inimigos tenham pés e não me alcancem, para que meus inimigos tenham mãos e não me toquem, para que meus inimigos tenham olhos e não me vejam e nem mesmo em pensamento eles possam me fazer mal.” É batata, como diria Nelson Rodrigues. O encosto vai rapidinho procurar outra alma pra sugar.

Então Querido Brógui, eu confesso: estou apelando para o sobrenatural. Eu não acredito nisso, mas que existe, existe. Tenho outros mantras, mas vou guardar esse assunto para o dia em que eu não estiver inspirada para inventar novidades.

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